Instituto baiano estuda como aproveitar molibdenita
"Nosso objetivo é identificar oportunidades no setor de mineração para gerar valor. Seja através da recuperação de componentes, seja através de uma destinação adequada desses resíduos. A parceria com o IFBA é justamente para fazermos o aproveitamento de espécies químicas que são perdidas no processo mineral", disse Alexandre Machado, diretor da Watva.
Segundo ele, a proposta da Watva tem sido bem aceita pela indústria, pois a valorização dos resíduos está ligada ao meio ambiente, assunto cada vez mais importante. "Nossa proposta é valorizar os recursos naturais através da potencialização do uso", afirmou.
A reunião com o IFBA aconteceu no dia 27 de abril, no Polo de Inovação Salvador (PIS). A possível parceria, ainda não fechada segundo representantes da Watva e do IFBA, envolve também uma associação de garimpeiros local. Além de Machado, estiveram presentes no encontro Handerson Leite, do PIS, Epaminondas Macedo, do IFBA campus Jacobina, e os professores do curso técnico em mineração de Jacobina, Jonei Marques e Talita Gentil.
De acordo com Marques, atualmente a molibdenita é descartada durante o processo produtivo apesar de possuir valor comercial. Ele diz que, quando o acordo for efetivado, a associação vai fornecer o mineral e a empresa Watva venderá a molibdenita.
Segundo Macedo, além de fomentar pesquisa e tecnologia na região, a parceria será responsável pela geração de estágios e empregos para a população local.
A realização da possível parceria entre o IFBA, a Watva e a associação de garimpeiros poderá originar novos projetos, segundo nota divulgada pelo IFBA. Macedo diz que um dos exemplos é o uso de resíduos descartados na mineração para confeccionar blocos de construção que podem ser doados para comunidades carentes. O diretor do campus afirma que "para colocar essa ideia em prática, o ideal é contar também com a parceria do município de Jacobina".