CPRM disponibiliza novos dados geoquímicos
Coletadas desde sua fundação, em 1969, os dados geoquímicos apresentam diversos níveis de consistência espacial e métodos analíticos. Conforme explica o Diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andriotti, "a evolução tecnológica foi ocorrendo ao longo dos anos, os métodos analíticos se aprimoraram e o posicionamento espacial passou a ser feito por GPS. A CPRM acompanhou esse processo e o conjunto de informações agora disponibilizadas reflete os avanços ocorridos".
A partir de 2009, com a retomada do programa de levantamentos geoquímicos regionais, o foco principal passou a ser a coleta de amostras em áreas de interesse mineral, com análises multielementares como parte da rotina analítica. Análises minerais de concentrados de bateia passaram também a ser realizadas associadas à coleta de amostras de sedimentos de corrente, totalizando 51.288 amostras em diversas partes do território brasileiro, incluindo áreas de relevante interesse mineral, como, por exemplo, o Quadrilátero Ferrífero, Província Borborema, Carajás e Tapajós.
A Divisão de Geoquímica da CPRM informa que a consistência espacial dos dados continua em andamento e, a cada melhoria realizada, uma nova atualização dos dados no GEOBANK GIS será realizada. No momento, as amostras disponibilizadas são classificadas com o Status 0, 1, 2 e 3, sendo que as amostras com Status 0 ainda não passaram por processo de revisão/consistência e as amostras com Status 3 apresentam elevada confiabilidade.
A disponibilização dos dados não apenas para o setor mineral, mas para a sociedade em geral, permite que se elabore mapas de distribuição dos elementos químicos para cada um dos diversos tipos de material amostrados, com aplicação direta em avaliações ambientais e na pesquisa mineral. Segundo o Chefe do Departamento de Geologia da CPRM, Marco Tulio Naves de Carvalho, "poucos países do mundo dispõem de tão ampla base de dados pública, acessíveis aos investidores sem custos e de maneira simplificada. Essa disponibilização ajuda a por o país em posição privilegiada no cenário do setor mineral mundial. Marco Naves ressalta ainda que a identificação de áreas geoquímicas anômalas constitui-se em significativo subsídio para o setor mineral brasileiro, especialmente para a priorização de áreas potenciais, conferindo como consequência maior celeridade aos projetos de exploração mineral".