Largo chega a acordo com consórcio de bancos

A Largo Resources disse que obteve um adiamento da exigência de capital de giro para garantir, com o consórcio de bancos brasileiros, uma linha de financiamento de R$ 140 milhões para este ano. A mineradora, que controla uma mina de vanádio na Bahia, ainda precisa obter US$ 5 milhões em capital de giro. O último prazo informado foi janeiro de 2017.

Segundo nota, o consórcio "concordou em perdoar temporariamente o requisito segundo o qual a companhia injetaria mais US$ 5 milhões em capital de giro nas operações de sua subsidiária [Vanádio Maracás]".

A empresa diz ainda que, junto com a suspensão temporária dessa exigência, os financiadores e a companhia estão discutindo aspectos do fluxo de caixa das operações para quitar algumas obrigações com os financiadores que estão em atraso.

Segundo o acordo com os bancos, a Largo teria que ter captado pelo menos US$ 15 milhões para usar como capital de giro, como parte dos requisitos da linha de crédito.

De acordo com a Largo, os recursos da nova linha de crédito serão usados no pagamento do principal e de juros de um financiamento feito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como no pagamento "de linhas de crédito de certos bancos" que fazem parte do consórcio e que vencem em 2017. A carência para o pagamento dessa nova linha de crédito vai até março de 2018 e a mineradora terá 56 meses para quitá-lo. A taxa de juros será o CDI mais 5,7% ao ano.

"A geração contínua de caixa pelas operações e o fortalecimento do mercado de vanádio de forma geral, resultou no acordo com os financiadores para que concedessem um perdão [waiver, em inglês] para injeções adicionais de ativos neste momento. Esse é um grande resultado para a Largo e esperamos continuar a trabalhar com os financiadores para assegurar o sucesso da companhia", disse Mark Smith, presidente e CEO da Largo, em nota.

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