Metais operam em alta com cobertura de posições vendidas e ações

Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) registravam alta nesta quinta-feira, com a cobertura de posições vendidas e suporte dos ganhos nos mercados de ações, segundo traders e analistas. "O tom mais positivo nos mercados de ações está favorecendo a formação de um piso para os preços dos metais", afirmou o analista David Thurtell, do Citigroup.

No entanto, segundo o analista Will Adams, do site Base Metals, indicadores econômicos que serão divulgados hoje nos EUA podem manter o mercado agitado. "Ainda há muita incerteza, mas, ao mesmo tempo, se forem registradas mais altas significativas com cobertura de posições vendidas, poderão ocorrer alguns movimentos de alta acentuados", disse ele. 

Às 7h37 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado a US$ 3.470,00 por tonelada na LME, alta de 2,1% ante o fechamento de ontem. O alumínio avançava 0,7%, a US$ 1.351,00 por tonelada, e o níquel ganhava 2,5%, a US$ 10.300,00 por tonelada.

O zinco tinha valorização de 0,8%, a US$ 1.152,50 por tonelada, e o chumbo subia 0,5%, a US$ 1.035,00 por tonelada. O estanho ganhava 0,3%, a US$ 10.775,00 por tonelada. Na Comex eletrônica, às 8h50 (de Brasília), o contrato do cobre para março avançava 1,80%, para US$ 1,5520 por libra peso.

Segundo traders, investidores estão aproveitando que os mercados estão mais calmos para realizar lucro nos metais preciosos, como ouro e prata, e cobrir posições vendidas nos metais básicos. Segundo Thurtell, o próximo preço alvo do cobre pode ser a média móvel de 100 dias de US$ 3.620,00 por tonelada.

No entanto, nos últimos meses, o nível de US$ 3.550,00 por tonelada ofereceu forte resistência. Traders acreditam que o aumento de cancelamentos de garantias, principalmente de zinco e cobre, pode ser um sinal de algum interesse no mercado físico ou pré-posicionamento, em meio à expectativa de que o Departamento de Reservas Estatais da China possa buscar tais metais para seus planos de aumento de reservas. De acordo com o analista Leon Westgate, do Standard Bank, há relatos de que o departamento comprou 100 mil toneladas de zinco e pode comprar mais.

Fonte: agência Estado

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