O diamante latino-americano virá da Bahia
A mineração de diamante é bem diferente de outras commodities, como o minério de níquel e o de ferro. Normalmente, sem interromper o processo de pesquisa, empresas levam, no mínimo, oito ou nove anos para iniciar a produção. O processo é bem mais complexo, pois durante as sondagens iniciais, a procura é apenas pela ocorrência do kimberlito, rocha que contém o diamante. Depois disso, existe a coleta e a necessidade de uma amostra de grande volume, para identificação do teor. O passo seguinte é uma pesquisa em relação ao valor de mercado e estudos de viabilidade do projeto.
Não à toa, áreas do semi-árido da Bahia já aparentavam ter diamantes desde a década de 1930, mas a evolução foi lenta. Alguns garimpeiros se arriscavam no local, mas o processo não é manual, feito para aventureiros. Até os anos 90, pouca coisa aconteceu na região baiana. Foi quando a gigantesca De Beers, com sede em Luxemburgo e atuais projetos de diamante espalhados pelo mundo, como no Canadá, na África do Sul e Namíbia, veio para o Brasil à procura de novas jazidas. A De Beers descobriu 22 corpos kimberlíticos na Bahia, mas não deu continuidade às pesquisas.
Fonte: Revista In The Mine (via Geofísica Brasil)