Paranapanema registra receita líquida de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre
Um dos destaques da Paranapanema no trimestre foi o aumento da participação no Mercado Interno, responsável por 43% da receita líquida e equivalente a 49% do volume de vendas. O aumento da comercialização no mercado nacional sinaliza uma tendência de melhores retornos para a companhia. O mercado externo foi responsável por 57% da receita líquida e 51% do volume de vendas. A queda de vendas em 59% de cobre primário no mercado externo em relação ao 3T15, somada à desvalorização do dólar no período, também potencializou as vendas no mercado brasileiro, com foco em produtos de cobre que proporcionam melhores margens para Companhia.
Em relação ao desempenho operacional da Companhia, tivemos um trimestre desafiador, com impactos da parada de manutenção da fábrica de Dias D´Ávila e das restrições de crédito e capital de giro, afirma o presidente da Paranapanema, Christophe Malik Akli. "No terceiro trimestre de 2016 demos continuidade às negociações com os principais credores da Companhia, visando o reperfilamento da dívida, e aprofundamos as discussões de alternativas de injeção de liquidez de caixa e de melhoria da estrutura de capital", acrescenta.
O volume de vendas total no trimestre atingiu 60.3 mil toneladas, redução de 22% em comparação ao 3T15 em função da retração de produção de cobre primário, parcialmente compensada pelo aumento de vendas de produtos de cobre, que apresentou aumento de 6%. Em cobre primário, foram comercializadas 16.397 mil toneladas no 3T16, enquanto em produtos de cobre, 43.868 mil toneladas. Em coprodutos, o volume de vendas atingiu 207 mil toneladas, queda de 18% comparada ao 3T15, compondo 141 mil toneladas de ácido sulfúrico, 65 mil toneladas de escória e 213 toneladas de lama anódica.
O Ebitda Ajustado da empresa no 3T16 foi de R$ 70,2 milhões, variação negativa de 56% em relação ao mesmo período de 2015. A Margem do EBITDA Ajustado foi de 6,6% versus 10,4% no 3T15, uma oscilação negativa de 3,8 p.p.
Outro indicador que beneficiou a Companhia foi o crescimento de Treatment Charge/ Refining Charge (TC/RC) em 11% em relação ao 3T15, taxa utilizada como referência para definir os descontos nas compras do concentrado de cobre.
O Resultado Líquido do 3T16 foi de R$ 58,2 milhões negativos, principalmente em função da variação cambial e do crescimento das despesas financeiras.
Reperfilamento da dívida
A Paranapanema celebrou a assinatura do Acordo Standstill em 30 de setembro, que determina que os credores a partir daquela data e pelo prazo de 30 dias suspendem as obrigações financeiras que irão vencer (vincendas), incluindo juros e principal.
"A assinatura do Standstill foi um avanço no processo de negociação do reperfilamento da dívida, que ainda depende da conclusão de outras etapas visando à celebração de um acordo final de reperfilamento com os principais credores", avalia Akli.
Outra conquista do período foi a aprovação do novo Plano de Negócios da empresa, anunciado em 14 de setembro, que prevê a injeção de liquidez, que poderá se dar por meio de emissão pública ou privada de valores mobiliários, podendo ou não envolver um aumento de capital da Companhia.
Dois eventos pós-fechamento do trimestre foram a substituição do assessor financeiro Rothschild pela RK Partners, divulgado em 7 de outubro, e a eleição em 14 de outubro do novo CFO e diretor de Relações com Investidores, Marcos Paletta Camara. "Tanto a RK Partners quanto Marcos Camara aportam credenciais e experiências profissionais que certamente contribuirão positivamente para Companhia", menciona Akli, que conclui dizendo que "a Administração e os principais stakeholders estão reunidos em torno de uma agenda visando o restabelecimento da normalidade operacional e financeira da Companhia".