Paranapanema registra receita líquida de R$ 1,3 bilhão no 2º trimestre
Paranapanema também apresentou melhoria na evolução de suas margens: a Margem Bruta aumentou 7,9% em decorrência do cenário mais favorável de câmbio (taxa e programa de hedge) e prêmios, sobre o mesmo período do ano anterior. Já o Ebitda Ajustado no 2T16 foi de R$ 105 milhões, com margem de 8,2% em comparação ao 2T15, resultando na manutenção do indicador Dívida Líquida/ EBITDA Ajustado LTM em 2,57 vezes, comparado ao mesmo período do ano anterior.
"Apesar do cenário econômico brasileiro de muitas incertezas, devido principalmente à crise de crédito e de confiança da economia, a Paranapanema continua avançando nos resultados operacionais", afirma o presidente da Paranapanema, Christophe Malik Akli. "A alta qualidade dos nossos produtos, que atendem amplamente diversos mercados globais, e o trabalho que realizamos de rigoroso controle dos custos operacionais têm contribuído para este resultado".
O Volume de Vendas Total atingiu 65,8 mil toneladas, aumento de 1% em comparação ao 2T15, impactado principalmente pela redução na venda de Produtos de Cobre. Em cobre primário, foram comercializadas 36,4 mil toneladas no 2T16, crescimento de 76% comparado ao 2T15, decorrente da maior produção de cátodo destinados, em sua maioria, à exportação. Em produtos de cobre, foram comercializadas 29,4 mil toneladas, queda de 34% comparada ao 2T15, consequência principalmente da baixa demanda no mercado interno nos setores elétricos e de infraestrutura
O resultado financeiro líquido do 2T16 foi de R$ 63,3 milhões negativos, em função da variação cambial no período e do crescimento de 43% das despesas financeiras, atingindo R$ 56,1 milhões, principalmente em função do aumento da taxa de juros nas operações de crédito bancário, bem como a reversão de receitas de juros sobre precatórios.
Quanto ao resultado líquido, o prejuízo do 2T16 foi de R$ 280,5 milhões em função da provisão para perda no montante de R$ 252,3 milhões sobre os créditos de prejuízos fiscais registrados no ativo diferido. Esta provisão deve-se às incertezas de aproveitamento destes créditos fiscais no contexto atual e poderá ser revertida mediante a mudança de cenário quanto à realização de lucros, após o reperfilamento da dívida e melhoria da estrutura de capital da Companhia. Ressalta-se que não há prescrição destes créditos, bem como não há impactos de caixa para a Companhia.
Reperfilamento das dívidas
No fim de maio, considerando a significativa retração do crédito bancário no Brasil, a Paranapanema iniciou negociações com credores para alinhar o perfil de dívida da Companhia com sua futura geração de caixa. A empresa contratou o Rothschild para aconselhá-la na implementação de medidas para melhoria da dívida e estrutura de capital, com o objetivo inicial de assegurar a rolagem da maioria das linhas bancárias existentes, inicialmente através de um acordo de suspensão temporário de vencimentos (stand still em fase avançada de negociação com os credores), enquanto o plano de reperfilamento da dívida está sendo desenhado para negociação com os credores.
O Endividamento Bruto bancário (sem LC’s e operações de forfaiting) da Paranapanema foi reduzido em 17,1% para R$ 1,7 bilhão (liquidação de R$ 358 milhões) em comparação com o 2T15. Concomitantemente, as Disponibilidades foram reduzidas em 51,1% (redução de linhas de crédito e amortização mandatória de mais R$ 594 milhões de operações de LC e Forfait), resultando em um aumento do Endividamento Líquido em 30,9%, para R$ 1,1 bilhão.