Tarde Rosa na CBPM é marcada por emoção de histórias sobre o câncer de mama

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) promoveu a Tarde Rosa na terça-feira (25) para conscientizar os empregados sobre a necessidade de prevenção do câncer de mama. O encontro teve apresentação do coral da empresa, palestras e relatos de mulheres que lutaram contra a doença e venceram.

Na abertura os integrantes do Coral da CBPM entoaram duas canções, uniformizados com a camisa promocional, criada especialmente para as Campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul. Em seguida o presidente Alexandre Brust, fez um relato de luta da própria mãe contra o câncer de mama. "Após o diagnóstico, em 1951, no interior do Rio Grande do Sul, ela teve que enfrentar a distância até a capital gaúcha para se tratar. Mesmo assim, teve uma sobrevida de 39 anos, numa época em que os mecanismos de tratamento eram precários no Brasil", afirmou Brust.

Uma das palestrantes da Tarde Rosa foi a Secretária de Políticas para as Mulheres do Estado (SPM), Olívia Santana. Ela criticou o ideal de beleza imposto pela sociedade, sobretudo às mulheres, e citou o exemplo de uma amiga que ao receber o diagnóstico de câncer de mama foi abandonada pelo companheiro, sob a alegação de que não iria suportar viver naquela situação. "É o exemplo de um momento que a pessoa mais precisa de chão e ele é retirado, quando pra enfrentar essa doença o equilíbrio psicológico e o apoio da família são fundamentais" concluiu Olívia.

DEPOIMENTOS

O momento mais marcante da Tarde Rosa na CBPM foi durante os relatos de mulheres que lutaram e venceram o câncer de mama. A pedagoga aposentada Carmen Sento Sé descobriu a doença em 2008, mas só iniciou o tratamento dois anos depois. "Quero parabenizar a CBPM pelo engajamento nessa campanha porque é uma atitude que salva vidas. Fui chamada para dar depoimento em uma palestra e tinha uma senhora tentando criar coragem há dois anos para iniciar o tratamento. Ao saber da minha história, ela comunicou à médica na mesma hora que iria iniciar o tratamento e depois de quatro anos ela estava curada", afirmou.

A relação entre a descoberta e o início do tratamento do câncer de mama, no caso da psicóloga Conceição Mota, é oposta ao de Carmen. Em apenas uma semana ela foi diagnosticada e fez a cirurgia para retirada do tumor. Segundo Conceição o que não muda são os incômodos provocados pelo tratamento e a vontade de vencer a doença.

A assistente administrativa da CBPM, Lorena Fraga, tinha tudo pra se desesperar até descobrir que tinha câncer de mama. A perda recente da mãe por causa da mesma doença e a dificuldade no diagnóstico provocava aflição. "Como eu tinha amamentado por um ano e dois meses, o ginecologista alegava que o nódulo que sentia no seio era uma glândula mamária com resquício de leite, e posteriormente como uma displasia. Mas a insistência com o mastologista de que algo estava errado e após exames mais precisos, foi descoberto um tumor invasivo", relatou.

"Foi um momento delicado, no qual o apoio da família e dos amigos foi fundamental, sem contar na fé e na vontade de viver por algo maior que era meu filho de três anos. Eu queria estar viva para estar com ele. Os incômodos provocados pelo tratamento são meros detalhes diante do bem maior que queremos garantir que é a vida" concluiu Lorena.

Embora o câncer de mama tenha sido o principal motivo das histórias de superação, certamente o relato mais comovente foi o da técnica em mineração da CBPM Monique Melo. Ela foi diagnosticada com câncer no fêmur aos 10 anos e, desenganada pelos médicos, teve que superar vários tumores nos pulmões, inclusive com a retirada de parte de um deles. Durante o relato Monique não conteve as lágrimas e o gesto foi acompanhado por várias pessoas na plateia.

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